Nos últimos meses, multiplicaram-se relatos de passageiros e funcionários sobre trens que surgem fora do horário oficial nos túneis do metrô paulistano. Testemunhas afirmam que as composições aparecem sem aviso, iluminadas por uma luz fraca e silenciosa, seguindo em direção a uma parada que não consta em nenhum mapa oficial.
Um vigilante noturno, que pediu para não ser identificado, contou que viu um trem passar. “As portas estavam abertas, mas não havia ninguém dentro. O painel não mostrava o destino e, quando tentei acompanhar pelo rádio, não havia registro de circulação naquele trecho”, relatou.
Entre os usuários, o boato se espalhou rapidamente, ganhando o apelido de “Trem Fantasma”. Alguns acreditam que o veículo conduz passageiros para uma estação abandonada, usada décadas atrás durante a construção da linha. Outros afirmam que os vagões estariam lotados de sombras humanas, figuras imóveis que observam em silêncio.
A companhia responsável pelo metrô nega oficialmente qualquer irregularidade e afirma que “não existem registros de circulação fora do cronograma”. Apesar disso, funcionários confidenciam que preferem evitar certas áreas durante a madrugada.
Especialistas em urbanismo e folclore urbano apontam que lendas sobre trens fantasmas não são exclusividade de São Paulo, aparecendo também em Nova York, Londres e Moscou.
Se realidade ou alucinação coletiva, os túneis do metrô seguem guardando seus mistérios. E, para os mais supersticiosos, fica o alerta: ao ouvir o barulho de um trem fora do horário, pense duas vezes antes de entrar a bordo — você pode não encontrar o caminho de volta.